quinta-feira, 15 de outubro de 2009


Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar
Porque eu voltando

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

quarta-feira, 18 de março de 2009

QUANDO CHORAR

Há um tipo de choro bom e há outro ruim. O ruim é aquele em que as lágrimas correm sem parar e, no entano, não dão alívio. Só esgotam e exaurem. Uma amiga perguntou-me, então, se não seria esse choro como o de uma crinça com a angústia da fome. Era. Quando se está perto desse tipo de choro, é melhor procurar conter-se: não vai adiantar. É melhor tentar fazer-se de forte, e enfrentar. É difícil, mas ainda menos do que ir-se tomando enxague a ponto de empalidecer.
Mas nem sempre é necessário tornar-se forte. Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza legítima à qual temos direito. Elas torrem devagar e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado, límpido, produto de nossa dor mais profunda.
Homem chorar comove. Ele, o lutador, reconheceu sua luta, às vezes inútil. Respeito muito o homem que chora. Eu já vi homem chorar.
C.L.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
C.L.